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A Instalação Multimédia “Raízes e Metáforas : Quando chego à minha terra/ Não Há Que Ter Arreceio” é uma abordagem territorial e onírica, um diálogo entre as artes e manufaturas em extinção numa terra do interior do Alentejo, na margem esquerda do Guadiana e a tradição imaterial da literatura oral e do Cante Alentejano da pós-modernidade, numa época de globalização e avanço de tecnologias e imaginários. É um trabalho de memórias com uma multilinguagem que envolve fusões sonoras e plásticas, onde a paisagem realista da terra é confrontada com o sonho e o sacrifício da luta e da emigração, gerando uma estética contextual mas de linguagens e emoções universais. A base da inscrição temática assenta em registos de pesquisas e vivencias locias efetuadas desde 1986 por Feliciano de Mira publicados em livro (Falar de Pias, Editora Pendor ; As crianças do Enxoé, Editora Pendor) e outros ainda não publicados, em que participaram fotótografos ( António Cunha; José Manuel Rodrigues) pintores ( António Carlos Couvinha, Délio Vargas ) a população local com seus cantares nas tabernas e o Grupo Coral e Etnográfico os Camponeses de Pias. A leitura propiciada pela desconstrução dos processos espaço-temporais dessa comunidade ao longo das ultimas três décadas, revela a incorporação de novas representações, referenciais e protagonistas. Porém a abordagem do Cante Alentejano mantém uma intertextualidade estético-política assinalável onde as linhas semânticas que comportam contributos para a formulação de uma epistemologia metafórica e de uma narrativa eco-crítica .

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